Réu é condenado a mais de 44 anos por tentativa de homicídio, sequestro, roubo e estupro
O Tribunal do Júri condenou na terça-feira (11), na comarca de Águas Lindas de Goiás, Luan da Silva Ferreira a uma pena total de 44 anos e 2 meses de reclusão e cem dias-multa, pelos crimes de tentativa de homicídio, extorsão mediante sequestro, roubo qualificado e estupro, além de ter sido condenado ao pagamento de R$ 400.420,00 por danos morais e materiais causados.
O crime praticado contra M.H.D.S. aconteceu no dia 20 de setembro de 2013, quando ela foi abordada em um supermercado, na Asa Norte em Brasília e, depois, levada para o município goiano de Águas Lindas. A sessão foi presidida pelo juiz Felipe Levi Jales Soares e a acusação sustentada pelo promotor de Justiça Marcelo Crepaldi Dias Barreira.
Crime
Conforme a denúncia oferecida em outubro de 2013 pelo promotor de Justiça Alberto Cachuba Júnior, Luan e outros dois homens sequestraram a vítima no estacionamento do supermercado, por volta das 12h30, do dia 20 de setembro daquele ano, com a finalidade de obter para o grupo um resgate de R$ 200 mil. Por volta das 14 horas, já no cativeiro, que funcionou em uma casa do Jardim América IV, em Águas Lindas de Goiás, eles subtraíram da mulher R$ 420,00, alguns dólares, moedas, dois cartões de crédito e documento de identidade, mediante emprego de grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo.
O trio também ligou para o marido da vítima, exigindo o pagamento do resgate afirmando que voltaria a ligar para acertar os detalhes do pagamento. Foi quando ele acionou a Polícia Civil do DF, que passou a monitorar as comunicações telefônicas, identificou o local do cativeiro e fizeram o resgate da vítima, que foi encontrada acorrentada.
Para assegurar a execução e impunidade dos crimes já praticados contra a mulher, Luan tentou matar o policial Marcelo Macintyre, atirando diversas vezes contra ele, acertando-o na cabeça, que somente não morreu por circunstâncias alheias à vontade do réu.
Após a liberação da mulher, ela informou à autoridade policial que, durante o sequestro, foi estuprada por quatro vezes pelo réu, que usou de grave ameaça para alcançar seu objetivo.
O grupo
De acordo com o promotor de Justiça Marcelo Crepaldi, participava do grupo um homem que foi absolvido por não ter participado do crime, e Marcos das Mercês Farias, cujo julgamento ainda será realizado, pois o processo criminal contra os três foi desmembrado. (