Prefeito Renato quer que Daniel Vilela recue e apoie Caiado ao Governo
O prefeito de Goianésia, Renato de Castro (MDB) não ficou em cima do muro quando questionado pela reportagem do Portal Goiás Total sobre seu posicionamento quanto à eleição de governador deste ano. “Trabalho com a expectativa de união dos nomes da oposição no primeiro turno. Sou radical quanto a isso”, afirmou.
Para a união acontecer, Renato admite: alguém tem que ceder. Tanto o senador Ronaldo Caiado (DEM) como o deputado federal Daniel Vilela (MDB) estão com seus blocos na rua, em plena pré-campanha. Quem deveria ceder? Renato não tem dúvida: Daniel Vilela pode esperar um pouco mais.
“O tempo joga a favor do Daniel. Tem 34 anos, é jovem. Pode esperar um pouco mais”, disse. Renato acredita que o melhor cenário seria uma candidatura do emedebista ao senado. “Vai adquirir uma experiência política maior, amadurecer mais e terá condições de fazer um mandato de governador ainda melhor que hoje. No Senado vai construir relacionamento pessoal com o resto da nação, o que vai favorecer no futuro”, completa.
Por outro lado, Renato vê as chances do senador Ronaldo Caiado como as melhores dentro dos quadros da oposição. “O senador está liderando as pesquisas desde que seu nome foi colocado. Senador é mais que deputado. E do ponto de vista cronológico, Caiado tem 68 anos de idade, para ele, esperar é complicado. Tem 40% nas pesquisas, se perder continua senador, não vai trocar a cadeira no senado por uma de vice-governador e, se não for candidato agora, será quando?”, argumenta Renato. “Como convencer um cidadão numa condição dessas a abrir mão de uma candidatura? O que ele tem a perder?”.
O prefeito de Goianésia acredita que duas candidaturas da oposição no primeiro turno favorece apenas o nome do governo, o vice-governador Zé Eliton (PSDB). “Os três nomes estão colocados há 3 anos. Nada mudou desde então. Nas pesquisas Caiado mantém o dobro dos dois juntos. O único nome que tem condições de crescer, ao meu ver, é o Zé Eliton, por conta da máquina do Governo. Se bem que a máquina do Governo está fraquinha”, pondera, com uma alfinetada.
“Não sou contra o Daniel. Sou amigo dele. Só entendo que a chance de vencer a eleição é com união. Para unir alguém tem que ceder e acredito que ele pode chegar ao Senado. Seria o melhor nome do MDB”, contemporiza Renato.
Ele disse ainda que se houver segundo turno, com as três candidaturas, o MDB não estaria nele. “É inimaginável que o candidato do governador não esteja no segundo turno. E o outro é, naturalmente, o Caiado”.
O prefeito vê essa eleição como diferente das demais. “Antigamente, as pessoas ficavam apáticas do processo, hoje vivem política durante os quatro anos. É uma campanha de rede social, o que favorece quem está liderando. As pessoas costumam falar que o Caiado é bom de largada e ruim de chegada, mas precisam lembrar que ele venceu há quatro anos uma eleição difícil e que, agora com a força das redes sociais e com a campanha de apenas 45 dias e não mais 90, vai ser difícil alterar o cenário”, explica. “É o melhor Caiado de todos os tempos. Acredito que ele será o próximo governador”.
Renato não acredita que o ex-secretário de Meio Ambiente, Vilmar Rocha (PSD) e o senador Wilder Morais (PP) possam compor com a oposição. “Se vieram será a mando do Marconi, para fomentar duas candidaturas da oposição”.
