Com mais uma condenação por homicídio, em julgamento nesta quinta-feira, as penas impostas a Tiago Henrique somam 662 anos
Tiago Henrique Gomes da Rocha foi condenado nesta quinta-feira (21) a 20 anos de prisão pela morte do morador de rua Marcos Aurélio Nunes da Cruz, ocorrida em 3 de novembro de 2012, no Setor Coimbra, em Goiânia. Com mais essa condenação, as penas impostas ao ex-vigilante, que ganhou notoriedade nacional – sendo apontado pela mídia como serial killer – somam 662 anos, por 28 assassinatos, um assalto e porte ilegal de arma de fogo.
A sessão de julgamento foi presidida pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas, do 1ª Tribunal do Júri da capital. Na sentença, o magistrado considerou, para a dosimetria penal, a reprovabilidade “considerada elevadíssima já que o réu escolheu a vítima aleatoriamente, atingindo-a na cabeça (…)”. Marcos Aurélio foi alvejado enquanto dormia, sob uma marquise, sem esboçar chance de defesa – circunstância que qualificou o homicídio.
No curso dos processos penais, Tiago Henrique foi submetido a exame de insanidade mental, cujo resultado apontou que ele tinha consciência e poderia responder pelos atos. Indagado sobre o motivo dos crimes, o acusado justificou que a vontade de matar indiscriminadamente era movida por um sentimento de raiva aleatória – razão, considerada pelo juiz como “repugnante”.
As consequências penais também foram avaliadas na sentença por Eduardo Pio Mascarenhas. “O crime causou grande sensação de vulnerabilidade e insegurança na sociedade goiana já que conviveu, por vários meses, com a figura de um motoqueiro que cometia homicídios pela cidade”