Um projeto que muda para melhor a vida das pessoas
O Projeto “Mãos que Fazem”, realizado pela prefeitura de Jesúpolis, por meio da secretaria de Promoção Social e Emprego, tem encantado não apenas a comunidade local: atravessa as fronteiras do município e recebe elogios de moradores de cidades vizinhas.
Mais que isso: o projeto social tem funcionado como uma espécie de terapia ocupacional para as 23 idosas cadastradas. “Aqui é como se fosse uma sessão de terapia, esqueço até das dores”, disse Dona Leontina Morais Ferreira, uma simpática aposentada, que frequenta o “Mãos que Fazem” há 6 anos.
“Aqui somos alunas e professoras. As novatas chegam em nós e procura, vamos criando confiança uma na outra, criando laços de amizade”, completa ela, que é costureira desde os 16 anos, profissão que garante ter criado seus 8 filhos.
O QUE É O PROJETO
Capitaneado pela 1ª Dama, Rosimeire Patrícia – que também é a secretária de Promoção Social e Trabalho, o projeto funciona dois dias por semana, às segundas e sextas, sempre na parte da tarde na sede da secretaria municipal de Promoção Social.
No local, sob a orientação de 3 monitoras, as idosas fazem diversas atividades como artesanato, pinturas em tecidos, colchas de retalho, crochê, tricô, bonecas, bandejas, brinquedos de pano e diversos outros itens.
A secretaria fornece todo o material, o aprendizado, o acompanhamento, o local e lanche. As idosas entram com a vontade de aprender, o entusiasmo, a dedicação e o tempo. O resultado não poderia ser melhor: todos saem ganhando.
Metade das peças produzidas fica com as integrantes do projeto e a outra metade com a secretaria, que vende os produtos e com a renda, compra mais materiais para continuar o “Mãos que Fazem”.
FESTA DA PROMOÇÃO SOCIAL
No final de maio aconteceu a 22ª edição da Festa da Promoção Social, com direito a barraquinhas, comidas típicas, leilões, música, dança e, claro, exposição dos itens produzidos no Projeto “Mãos que Fazem”.
Rosimeire conta que é através da renda do evento que são desenvolvidos os projetos da secretaria de Promoção Social, da qual é titular. Além do projeto “Mãos que Fazem”, são oferecidos cursos de capacitação, horta comunitária, kit com enxoval para gestantes, distribuição de fraldas geriátricas, cestas básicas emergenciais.
CONVIVÊNCIA E APRENDIZADO
O clima no local é de total alegria. Enquanto desenvolvem suas atividades, as idosas aproveitam para colocar o papo em dia, trocar experiências de vida, marcar almoços, enfim, esquecer os problemas do dia a dia.
“O dia que não venho, fico ‘doidinha’ para chegar segunda-feira para vir e conversar com minhas colegas”, testemunha a aposentada Nair Leite Bueno, que está há 13 anos no projeto.
Rosimeire explica que o projeto é aberto a pessoas acima de 50 anos de idade. “Hoje temos participantes entre 51 e 72 anos. Fazemos o trabalho junto com o CRAS. Vemos aquelas pessoas que estão ociosas em casa, com depressão, a gente busca elas”, conta.
“Oferecemos dentro do projeto palestras com psicóloga, assistente social. Falam sobre o tema que elas estão passando mais dificuldade. Tem mãe que tem filho que bebe, ou lidando com a perda de um parente próximo, a gente sempre trabalha essa parte delas, e funciona muito bem”, ressalta Rosimeire.
Dona Nair fez questão de elogiar a atuação da 1ª Dama dentro do projeto. “A Rosimeire gosta muito do projeto. Apesar de nova, ela tem muito entusiasmo, incentiva, é muito boa para lidar com a gente. É de se admirar, faz um trabalho com amor com todo mundo, as crianças, os idosos, ela tem muita paciência”, testemunhou.
ECONOMIA EM CASA
“Muita coisa a gente não precisa comprar para casa porque fazemos aqui, tapetes, colcha, pano de prato”, explica Nair Leite Bueno.
Ela tem total razão: além de não precisar comprar esses produtos, ainda ganham uma grana extra com as peças que vendem, aumentando o orçamento familiar.
“Na semana passada reuni com elas e falei que elas já têm condições de montar uma associação, estão profissionais”, disse a 1ª Dama. “Na festa da promoção Social a maioria delas vendeu as peças. Algumas por até R$ 250,00. Isso é muito gratificante”, finaliza Rosimeire.