Cultura

Aparecido Costa, o menino do Santa Tereza comemora 8 anos como advogado em Goianésia

Quem não conhece e vê, por acaso, o jovem Aparecido Costa na rua, dificilmente vai imaginar que se trata de um dos maiores nomes do Direito em Goianésia nos últimos anos.

Baixa estatura, jeito simples, sempre com um sorriso a tiracolo. Mas quem o vê no palco de um tribunal defendendo um cliente, com sua voz poderosa e suas ideias bem articuladas, logo sabe que está diante de alguém que nasceu para brilhar, alguém que nasceu para remar contra a maré e, com imenso sacrifício, conquistar seus sonhos.

Aparecido Costa celebra 8 anos como advogado, uma década trabalhando nos fóruns, lutando por justiça, por reparação de danos e paz social.

“O Aparecido Costa está alcançando inegável êxito e o respeito de todos os colegas operadores do Direito em Goianésia e em Goiás. Sou testemunha da sua luta, sua persistência e boa vontade para alcançar seus objetivos”, disse um dos decanos e referência na Advocacia no Estado, Gilberto Naves. “É um advogado ético, honesto e zeloso com suas responsabilidades”.

TRAJETÓRIA DE MUITAS DIFICULDADES

A vida nunca foi fácil para Aparecido Bernardo Costa. Ainda menino, perdeu o pai. Ainda menino, começou a trabalhar na roça, ao lado da mãe, quebrando milho, catando tomate, colhendo feijão para ajudar a colocar o pão na mesa.

Aos 12 anos as mãos calejadas dividiam as labutas da roça com a caneta e o caderno da escola. O menino do Santa Tereza trabalhava todo sujo nas lavouras, mas começou a sonhar. Sonhou que seria doutor. E correu atrás do sonho. Tinha que correr bem mais que seus concorrentes porque era pobre. Mas não se importou e foi atrás. E chegou à frente.

Com 12 anos entrou para Igreja Católica e decidiu que não iria só ouvir os sermões. Pegou o microfone e começou a pregar. Nascia aí o grande comunicador. O homem que defendia com ardor suas ideias.

Ele queria mais. Apaixonou-se pela política e foi ser cabo eleitoral da então candidata a vereadora Professora Cecinha. Conheceu Jalles Fontoura, Fião e os políticos de destaque da época. O menino do Santa Tereza passou a falar nas reuniões e discursar nos comícios.

Surgiu uma vaga de locutor na RVC, na época AM, e Jalles o convidou para ocupar o posto, já que tinha voz de locutor. Aparecido foi e iniciou sua trajetória de radialista. Cinco anos. Aprendeu, gostou e brilhou.

Mas ele queria mais. Teve que sair da rádio para cursar Marketing, numa faculdade particular de Anápolis. Ia e voltava todo dia. Até não conseguir mais pagar o curso e ter que interromper o sonho de ser doutor.

Criou a revista Tô de Olho e montou uma farmácia no Centro da cidade. Como homem de comunicação e homem de negócios, viu prosperar suas atividades. Mas queria mais.

Como nunca teve medo de desafio, topou ser o primeiro diretor da recém-criada Rádio Comunitária Boa Nova FM. Criou a linguagem da emissora, revelou talentos como Júnior Camargo, Michelle Oliveira, Anselmo Magrão e César Oliveira, Túlio Menezes e Dener Rafael, entre tantos outros. Fez história.

Mas queria mais. Foi ser diretor de comunicação do então prefeito Gilberto Naves. Destacou-se e foi convidado a ser o diretor da Superintendência Municipal de Trânsito. Aceitou a missão e não decepcionou.

Mas Aparecido Costa queria mais. Cursou Direito na Faculdade Evangélica de Goianésia. Colou grau. Estava decidido: seria advogado. Passou no exame da ordem e começou a sonhar grande. Não queria ser mais um na multidão.

Montou um escritório de advocacia na Rua 20, entre a Avenida Goiás e a Rua 31 e, já que estava na chuva, foi se molhar. E molhou muito, mas também fez chover.

Aparecido, com sua habilidade de comunicador, começou a se destacar na Advocacia. Deixou os microfones de rádio para ser orador nos palcos dos tribunais. E como tem paixão por ajudar a comunidade, usou seus talentos jurídicos para ser destaque também na vida pública.

Ajudou Renato de Castro na época que era deputado estadual, foi seu advogado na campanha de prefeito em 2016 e ocupou o cargo de Diretor Técnico e Jurídico da equipe de gestão, atuando junto à Casa Civil. Deixou o posto por não conseguir conciliar a carreira de advogado. Voltou para o escritório e não parou de trabalhar intensamente.

Não deixou também de buscar conhecimento. Ele sempre quer mais. Não se acomoda. Fez pós graduação em Processo Penal e Direito Penal e se especializou em docência no ensino jurídico. Tem o sonho de ser professor de Direito. E, considerando a força que coloca para mover seus sonhos, ele será em breve.

Quando ainda era menino e morava no Santa Tereza, tinha poucas roupas e muitos projetos. Todos faziam questão de duvidar de seus sonhos. Agora, com tantos leões que teve que abater pelo caminho, ninguém ousa duvidar quando ele sonha.

Anderson Alcantara

Jornalista e Escritor

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