Lavrador de Itaberaí recebe pensão por morte de esposa
Após ter vivido 28 anos com a companheira, Antônio Carlos Sampaio (foto), de 63 anos, morador de Itaberaí, na região Centro-Oeste de Goiás, conseguiu o direito ao recebimento da pensão por morte da mulher. A boa notícia veio da juíza Alessandra Gontijo do Amaral, que julgou procedente do pedido e concedeu o benefício pleiteado.
A audiência aconteceu durante o Programa Acelerar – Núcleo Previdenciário que está sendo realizado na comarca de Itaberaí. De acordo com a magistrada, há provas documentais que indicaram a condição de segurado especial da falecida – apresentada como trabalhadora rural – que foram corroboradas pelas provas testemunhais. Antônio já foi casado anteriormente teve como fruto da sua primeira dois filhos. “Os meninos me ajudam, mas eles também não têm condições, disse o idoso.
Segundo a juíza, o autor vivia em união estável com a companheira falecida desde 1988, na mesma chácara onde mora atualmente. “Assim, entendo que não cabe razão em desqualificar o pedido, ante a qualidade econômica da falecida, presumidamente conforme legislação”, ressaltou.
O homem que trabalhou muitos anos plantando e colhendo, por muitas vezes não teve o que comer. Assim, o dinheiro que receberá será para despesas da casa e com a própria saúde. “Tenho problema de coluna e alguns dos remédios não consigo de graça. Sem contar que tem dias que não tenho dinheiro para comer”, frisou.
Aos 65 anos, Antônio José de Azevedo ainda vai para a roça tentar trabalhar para sobreviver. Ele perdeu as pontas dos dedos moendo cana. As marcas de expressões no rosto mostram que o homem trabalhou duro debaixo do sol e só agora teve o benefício da aposentadoria por invalidez rural concedido. Segundo ele, para quem não tem dinheiro a vida é muito mais difícil. “O dinheiro de diária não dá para nada. A gente passa muita falta das coisas”, revelou.