Goianésia: principal cidade e motor econômico da região
Com 71 mil habitantes, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goianésia é a principal cidade do Vale do São Patrício e do Médio Norte Goiano. Supera municípios como Porangatu, Niquelândia, Jaraguá e Uruaçu nos aspectos populacional, econômico, educacional, de saúde, geração de empregos e renda, além de receber mais turistas ao longo do ano.
Com localização estratégica, a cidade está sediada às margens da GO-080 – que dá acesso quase todo duplicado a Goiânia. A BR-153 – um dos principais corredores do país – está a apenas 50 km de distância. A ferrovia Norte-Sul a 40 km, com acesso praticamente todo asfaltado. Goianésia está a 170 km de Goiânia e a 250 km de Brasília. Está praticamente localizada no coração de Goiás e do Brasil.
Considerando dados do Ministério do Trabalho em 2019, Goianésia foi a sexta cidade que mais gerou novos postos de empregos em Goiás, ficando à frente de municípios bem maiores como Luziânia, Águas Lindas, Trindade, Catalão e Itumbiara. Foram 1.527 empregos. Em tempos de crise é algo que coloca a cidade num patamar de excelência no país.
AGRONEGÓCIO COMO MOTOR
O principal motor da economia do município é o polo sucroenergético, que com três usinas – Jalles Machado, Unidade Otávio Lage e Usina Goianésia – empregam diretamente mais de 4.800 pessoas durante a safra. Além disso, milhares de outros empregos são gerados de forma indireta na prestação de serviços para as indústrias.
Desde 2011 instalada no município vizinho de Barro Alto – menos de 50 km de distância -, a Anglo American emprega mais de 900 trabalhadores, muitos deles de Goianésia, impulsionando a economia da região. Aproximadamente 700 pessoas trabalham em empresas terceirizadas que prestam serviços à mineração. Outras mineradoras se instalaram na região como Santo Expedito e CBA/Votorantim. Há ainda diversas empresas na região de Vila Propício que atuam no segmento da extração de calcário.
Outro gigante na geração de empregos é o Grupo Otávio Lage, que assina a carteira de aproximadamente 800 pessoas em empresas como Vera Cruz Agropecuária, OL Látex, RVC FM, Nelore OL e Loteamento Parque das Palmeiras.
Outras grandes empresas como o gigante francês Limagrain e a local Goialli, além da Cagel – que é uma cooperativa dos produtores de leite do município, representam mais centenas de empregos e renda para Goianésia.
A agricultura familiar também tem bastante espaço no município, com produção de leite, carne e produtos como queijo, doce, entre outros. Eles escoam a produção nas feiras locais durante três dias da semana: quarta, sexta e domingo.
A Hering do Brasil, presente em Goianésia há quase duas décadas, emprega mais de mil mulheres em três turnos de trabalho, sendo um diferencial por apoiar quase que exclusivamente a mão de obra feminina.
POLO UNIVERSITÁRIO
Aproximadamente 200 pessoas se mudam todos os anos para Goianésia em busca de vagas em um dos diversos cursos superiores que a cidade oferece. Com oferta de escola de medicina na UniRV e de odontologia, engenharias civil e mecânica, enfermagem, direito e agronomia, a Faculdade Evangélica de Goianésia (FACEG), além de outros cursos pela Unopar, Uninter e UEG, a cidade recebe diariamente centenas de estudantes de outras cidades. Além disso, muitos deles resolvem morar na cidade, gerando uma demanda de aluguel de apartamentos, casas e quitinetes. Sem contar o que injetam no comércio local vivendo no município.
PREFEITURA FORTE
A prefeitura, em todo o seu organograma tem aproximadamente 1600 funcionários, entre efetivos e comissionados. Outros diversos postos de trabalho são gerados por ações da prefeitura como obras públicas e terceirização de alguns serviços.
Com dois eventos bastante badalados – carnaval e Goianésia Mix Festival (GMF) – a cidade recebe aproximadamente 40 mil visitantes somando as duas festas. Isso representa uma injeção de aproximadamente R$ 40 milhões no comércio, considerando apenas o investimento de turistas.
Há previsão da instalação em 2021 da Fricó Alimentos, que promete gerar mais 500 empregos diretos. Além disso, irá movimentar outros postos de trabalho durante a sua construção.
Está em fase embrionária ainda o projeto da Zotye (produção de carros elétricos) e da Electro Motors, que decidiu investir na produção de motos elétricas, um projeto inédito no Brasil. Por causa da pandemia, parte dos investimentos foi adiada.
CONSTRUÇÃO CIVIL
Outro setor que está super aquecido em Goianésia é o da construção civil. Dois condomínios de luxo foram instalados na cidade – Vivalle e Meridian – e as residências estão sendo construídas, gerando demanda para diversos profissionais. Pequenos condomínios de apartamentos e flats estão sendo erguidos por toda a cidade. Além disso, há outros cinco novos loteamentos, que não param de crescer.
COMÉRCIO FORTE
Com todas essas forças econômicas na região, é natural que o comércio seja uma potência. É, de acordo com a CDL, o setor que mais emprega mão de obra na cidade. Além de forças locais como as redes de supermercados Brasil e Couto, há gigantes do varejo nacional em Goianésia como Fujioka, Lojas Americanas, Ricardo Eletro, Casas Bahia, Pernambucanas, entre outros.
Uma cidade com índices de desemprego abaixo das médias estadual e nacional, com serviços públicos de qualidade e forte vocação empreendedora. Assim pode ser definida Goianésia, a mais próspera cidade da região Norte de Goiás.