Cultura

Ovacionada, Filarmônica de Goiás encerra turnê nacional

A Filarmônica encerrou no domingo (9), sua IV turnê nacional com uma apresentação inédita no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Mais de 1.300 pessoas compareceram ao espetáculo. O concerto contou com o solo do consagrado pianista Cristian Budu e regência do Diretor Artístico da instituição, Neil Thomson. No repertório, o Concerto n.1 de Tchaikovsky e o Quarteto para piano de Brahms. No final do evento, a Filarmônica foi ovacionada pelo público por cerca de 5 minutos.
Em sua IV Turnê Nacional, além do Rio de Janeiro, a Filarmônica também se apresentou em Campos do Jordão (07/07) e São Paulo (08/07) registrando excelentes plateias nestas duas ocasiões. Todas as três apresentações contaram com a presença de consagrados críticos musicais como Nelson Kunze e Irineu F. Perpétuo.
Durante os concertos, o público foi presenteado com o 2 Cd da Filarmônica, que contém obras do compositor César Guerra-Peixe.
O objetivo das Turnês Nacionais é fazer com que o público brasileiro conheça o trabalho de profissionalização musical desenvolvido em Goiás. Devido às séries de apresentações e a qualidade musical, hoje a Filarmônica é considerada uma das principais orquestras do Brasil.
Na volta para Goiânia, a Orquestra já se prepara para uma apresentação com o pianista Miguel Rosselini e a maestrina Valentina Peleggi no dia 20 de julho e outra no final do mês, dia 30, com o cantor Lenine.
Criação
A Orquestra Filarmônica de Goiás foi criada pelo governo de Goiás em 2011, com a proposta de se transformar em um programa nacional de música sinfônica. A primeira configuração como Orquestra Filarmônica se deu a partir do governo Henrique Santillo (1987-1990), sete anos após sua fundação. A partir de então, foi esquecida e abandonada pelas administrações que se sucederam, para, em 1999, ser recriada sob a denominação de Orquestra de Câmara Goyazes.Daquele ano em diante, foi sendo gradativamente estruturada para, em 2011, se transformar em Orquestra Filarmônica de Goiás. A configuração atual, inédita até então, foi concebida e implantada a partir de 2012, quando a Filarmônica deixa de ser um conjunto de atuação eminentemente local, para se tornar um dos mais interessantes e celebrados projetos de música erudita do Brasil. Agora sob a gestão compartilhada com Organização Social, a meta do governo do Estado é internacionalizar a OFG.A reestruturação de 2012 foi coordenada pela pianista Ana Elisa Santos Cardoso, e, como parte fundamental dessa reestruturação, a direção artística da orquestra passa, a partir de 2014, ao maestro britânico Neil Thomson, que desde então desenvolve um árduo trabalho que conferiu à Filarmônica um padrão internacional de excelência artística.

A Orquestra Filarmônica de Goiás é atualmente programa cultural do Governo do Estado, vinculado à Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esportes e ao Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON). A temporada anual de concertos inclui apresentações nos tradicionais teatros de Goiânia e do interior do Estado, bem como espaços alternativos como parques, escolas e universidades.

Também são desenvolvidas diversas iniciativas educacionais que visam apresentar a Música de Concerto à estudantes da rede pública e privada de educação. Com essas ações, a Orquestra busca alcançar o seu objetivo primordial, que é a democratização do acesso aos bens culturais.

Anderson Alcantara

Jornalista e Escritor

Deixe um comentário

× Fale Conosco