Cultura

Goiás terá escola bilíngue para surdos, com aulas lecionadas em Libras

A Secretaria da Educação (Seduc), está reorganizando o Centro Especial Elysio Campos com foco total na educação bilíngue para surdos. A instituição, conveniada à rede estadual e mantida pela Associação dos Surdos de Goiânia (ASG), passará a lecionar todas as aulas na Língua Brasileira de Sinais (Libras), sem a mediação de um intérprete. As mudanças começarão neste ano.

A escola será exclusiva para alunos surdos ou parentes em primeiro grau de pessoas com deficiência auditiva, informou a gerente de Educação Especial da Seduc, Mércia Rosana Chavier. Até o ano passado, o Centro Especial Elysio Campos também possuía estudantes ouvintes. Com a mudança, pretende-se fortalecer a comunidade surda e valorizá-la com metodologias pedagógicas pensadas especificamente para esse público.

“Entendemos que, na nossa escola, a primeira língua [de instrução] é a Libras e a segunda, o Português escrito. Antes, você tinha um professor que falava e o intérprete que interpretava. Na nossa unidade, o próprio professor já dá aula em Libras”, explica a diretora da escola, Alessandra Matos Terra.

“Antes, a maior parte das salas da escola tinha um intérprete. Nosso objetivo agora é que todos os professores sejam fluentes em Libras”, afirmou a gerente, explicando que por não haver, ainda, quadro completo de professores fluentes, nem todas as salas em 2020 dispensarão a presença do intérprete. No entanto, o projeto da Seduc é de que todos os professores da unidade deem aula na Língua de Sinais. “Agora há exigência de fluência em Libras para o professor ser modulado na escola”, pontuou.

Anderson Alcantara

Jornalista e Escritor

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