MP deflagra a segunda fase da Operação Golpe de Mestre em Goiás, MS e no DF
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagrou na madrugada de sexta-feira (21) a segunda fase da Operação Golpe de Mestre, que investiga a falsificação de documentos acadêmicos de mestrados que originou a concessão indevida de gratificação a servidores da Secretaria Municipal de Educação de Niquelândia e em outras cidades do Estado.
Além do Estado de Goiás, ações ocorrem paralelamente em Aparecida do Taboado (MS), Brasília e Taguatinga (ambas no Distrito Federal).
A operação é comandada pela 1ª Promotoria de Justiça de Niquelândia com o apoio do Centro de Inteligência do MP (CI-MP), do Gaeco MPGO – Núcleo Regional do Entorno do Distrito Federal (Gaeco NREDF) e da Polícia Civil do Estado de Goiás. Os cumprimentos dos mandados de prisão e busca e apreensão no Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal foram efetuados com o auxílio do Gaeco MP-MS e do Gaeco MPDFT.
Em Niquelândia foram cumpridos dois mandados, um de condução coercitiva e um de busca e apreensão. Um mandado de prisão ainda está em aberto. No MS foram cumpridos dois mandados, sendo um de prisão e um de busca e apreensão, o mesmo ocorrido no Distrito Federal.
O promotor Augusto César Borges de Souza, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Niquelândia, ouvirá os depoimentos de todos os conduzidos e presos na cidade ainda nesta sexta-feira.
Crimes
A Operação Golpe de Mestre foi deflagrada no dia 11 de julho. Entre os crimes que estão sendo apurados na investigação estão os de associação criminosa, estelionato, falsidade documental, falsidade ideológica e outras fraudes. Mas há possibilidade, adiantou o promotor Augusto César, de que mais delitos tenham sido cometidos, o que pode resultar em desdobramento das investigações a partir do depoimento das testemunhas e da análise do material apreendido. A extensão do prejuízo aos cofres públicos também ainda não tem como ser dimensionada.
Entre os detidos na operação estão uma ex-secretária de Educação, uma representante sindical do município, presidente do Conselho Municipal de Educação e a proprietária da instituição de ensino que está sendo investigada.