Política

Desafio do MDB é ganhar uma eleição para governador após 24 anos

A última vez que o MDB (na época PMDB) venceu uma eleição para governador em Goiás foi em 1994, com Maguito Vilela. O partido reinava soberano no Estado, sob a benção de Iris Rezende. Era o quarto triunfo seguido.

De lá para cá Iris e Maguito se revezaram na tarefa de perder para Marconi Perillo (PSDB) e seu afilhado político na época, Alcides Rodrigues – que bateu Maguito em 2006.

Os três principais atores desses últimos 24 anos – Marconi, Maguito e Iris – não tentarão o Palácio das Esmeraldas este ano. Marconi por ser impedido pela legislação de tentar terceiro mandato seguido. Iris, talvez pela idade e por não viver um momento brilhante à frente da prefeitura de Goiânia. Maguito por causa do filho, o deputado federal Daniel Vilela, que é o escalado do partido para a missão de retomar os dias de glória do MDB.

Da última vez que o partido venceu em Goiás, Daniel Vilela era uma criança de 10 anos de brincava de carrinho e jogava futebol com os amigos. O máximo de política respirava é que viveria os próximos quatro anos, brincando nos jardins do Palácio das Esmeraldas, de onde o pai iria governador Goiás.

O tempo passou. Daniel deixou o futebol, ingressou na política. Foi vereador em Goiânia, deputado estadual e é deputado federal. Passos crescentes e seguros. Agora o salto é, possivelmente o auge da carreira para qualquer política nascido em Goiás: a Casa Verde.

Com 34 anos, talvez não tenha conseguido obter a liderança necessária para vencer uma eleição tão complicada. Chegou à presidência da MDB de Goiás, mas todos sabem que é o número 2, atrás do eterno Iris Rezende, que é uma espécie de cacique da legenda. É o número 2 no clã, liderado por Maguito Vilela, que é quem dá as cartas e aponta o caminho. É o número 2 na oposição, papel que está sendo exercido pelo rival Ronaldo Caiado (DEM).

Falta muito para Daniel agregar à sua candidatura para terminar à frente de todos e, lavar a alma do MDB após 24 anos de derrotas. Há poucos meses para a empreitada. O tempo corre depressa e é também um desafio a ser superado.

Anderson Alcantara

Jornalista e Escritor

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