CONTRA A DENGUE
17 de junho de 2017

Goiás vai receber R$ 2,3 milhões por levantamento sobre índice de infestação do Aedes aegypti

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) vai receber do Ministério da Saúde (MS), até julho, uma verba extra no valor de R$ 2,3 milhões para o desenvolvimento de ações de combate ao Aedes aegypti no território goiano. O recurso foi garantido devido ao fato de a SES-GO ter concluído, no primeiro semestre, o Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) em todos os municípios do Estado.

Secretário de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Leonardo Vilela destacou o empenho dos profissionais pelo fato de o LIRAa ter sido concluído com um mês de antecedência do prazo estabelecido pelo MS. O recurso a ser disponibilizado para Goiás está previsto na Portaria 3.129, publicada no final do ano passado pelo MS. O documento prevê o repasse total de R$ 5.791.961,21 para o Estado. Deste montante, 60% – R$ 3,4 foram remetidos automaticamente em janeiro. O repasse dos 40% restantes ficaram condicionados à realização do LIRAa.

Leonardo Vilela enfatizou a importância de realização do LIRAa, ao acentuar que esta ferramenta é muito abrangente na detecção dos principais focos do Aedes aegypti. O levantamento constatou, por exemplo, que 36,9% dos criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya foram constatados em reservatórios de água no nível do solo, entre os quais baldes, bacias e outros utensílios usados nas residências para acondicionamento de água. Outros 27,8% dos focos foram constatados no lixo disposto em calçadas, lotes baldios e logradouros públicos.

Dados recentes

Os dados mais recentes sobre o índice de infestação do Aedes aegypti é aferido pela força-tarefa Goiás contra o Aedes, realizada de casa em casa em todos os municípios goianos. Os registros da ação, desenvolvida pela Secretaria em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar e prefeituras, mostram que até o fim de maio 205 municípios goianos estavam com índice de infestação inferior a 1%, o que os caracteriza como locais de baixo risco para o desenvolvimento de doenças transmitidas pelo Aedes. Os demais 41 municípios apresentavam índice de 1% a 3,9% de infestação do mosquito e são considerados como de médio risco. Em nenhum município do Estado foi verificado índice de infestação superior a 4%, tipificado como alto risco.

Só em maio foram visitados em todo o Estado cerca de 1,8 milhão de imóveis. Deste total, foram realizadas inspeções em aproximadamente 1,5 milhão de domicílios. Outros 279 mil estavam fechados. Em apenas 7.966 imóveis – o equivalente a 0,51% do total inspecionado – foram encontrados focos do Aedes.

Casos reduzidos

O secretário destacou que o desenvolvimento da ação Goiás contra o Aedes de forma contínua impacta na diminuição dos casos das doenças transmitidas pelo vetor. Do início do ano até a Semana Epidemiológica 22, encerrada no dia 3 de junho, foram confirmados 19.318 casos de dengue no Estado. O quantitativo é 63% inferior ao verificado no mesmo período de 2016, quando foram confirmados por meio de exames 78.079 casos. Os registros da SES-GO também apontam queda dos casos de Zika. Em 2016, até a Semana Epidemiológica 22, foram confirmados 7.964 casos da doença. Neste ano, no mesmo período, foram constatados 685 casos. Os registros de chikungunuya mostram um leve acréscimo da doença.

Em 2016, até o início de junho, foram confirmados 23 casos da doença. Neste ano, no mesmo período, houve a confirmação de 32 casos. Leonardo Vilela informa que a SES-GO tem estratégias definidas para manutenção dos baixos índices de infestação do Aedes. “Pretendemos continuar firme com a parceria bem-sucedida com o Corpo de Bombeiros e com os municípios”, assinala.

As equipes, destaca o secretário, farão o monitoramento diário dos indicadores e o apoio e intensificação das ações nos municípios com maiores índices de infestação. Em setembro, antes do início do período chuvoso, representantes da SES-GO vão se reunir com os gestores municipais com o objetivo de sensibilizá-los a reforçar a ação.