O descaso com o velho córrego
Com a correria do dia a dia, deixamos de notar muitas coisas que acontecem há décadas, mas o setor público e a população não importam. Goianésia tem o privilégio de ser cortado pelo Córrego Calção de Couro, esquecido no tempo, apenas algumas praças que o circundam foram reformadas, mas não são limpas como antes.
Talvez por ser um singelo córrego, não é lembrado pelos poderes executivos e legislativos que passaram por nossa cidade, se ocupam demais para não organizarem um projeto para recuperar e revitalizar as margens já assoreadas do Velho Calção de Couro. Mesmo a cidade tendo uma ONG engajada nas causas ecológicas, nada faz ou ainda não notaram o problema debaixo do próprio nariz.
Abraçaram e revitalizaram a Lagoa Princesa do Vale, gesto maravilhoso, mas e o velho córrego? Sem margens, sujo, poucas águas e recebendo esgoto há décadas.
Muitos se lembrarão das praças limpas, local onde antes, os pais levavam os filhos para passearem e brincarem até as margens do córrego, mesmo no parquinho ali na baixada da rua 29, donde tiravam fotos dos filhos nas belíssimas praças. E hoje? Certamente, vão tirar fotos do matagal, calçadas quebradas e, além disso, terem que suportar o mau cheiro.
Em época de festividades do aniversário da cidade, maquiam a cidade para ficar mais apresentável aos visitantes. Sempre que entra uma nova gestão em nossa cidade, espero ansioso se o prefeito em exercício irá ou não apresentar e executar um projeto de recuperação e revitalização das margens do velho córrego e suas pracinhas. E sempre acontece a decepção de passar em branco o sonho de ver o velho córrego revitalizado e limpo.
Na hora de abraçarem e levantarem bandeira da ECOLOGIA, centenas de pessoas e autoridades aparecem e depois viram as costas para o necessário ou será que não é necessário um córrego que corta a cidade ser limpo e livre de receber esgoto?
Porque o velho córrego não é um patrimônio da cidade, assim como consideram a Lagoa Princesa do Vale? Muitos vão ler e deixar pra lá, mas lembrei de um tempo remoto, quando aquelas praças e o velho córrego eram bem cuidados e um local tranqüilo para curtir.