Esporte

Judoca goiano representa o país em Mundial na Índia

Disciplina e mais de quatro horas diárias de treino resumem a vida de Gustavo Guimarães. Aos 15 anos, o judoca precisa administrar o tempo para conciliar estudos e treinos. Seu grande sonho é ser atleta olímpico. Já deu os primeiros passos, se tornando um dos jovens mais promissores do esporte. Nesta quarta-feira, dia 5, ele embarca para Nova Déli, Índia, onde participará do Combat Games.

A vaga para disputar a competição asiática veio depois da sua boa campanha na seletiva da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE). Será o segundo desafio internacional de sua carreira. O primeiro ocorreu no início do ano, quando participou do Circuito Europeu de Judô Etapa em ​​Bremen, Alemanha. “Estou muito ansioso por mais essa oportunidade”, resumiu Gustavo.

O atleta goiano é beneficiado pelo Pró-Atleta e Pró-Esporte, programas de incentivo oferecidos pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce). “Como todo esporte, o judô requer capital para viajar, comprar equipamentos, treinar e ter um bom desempenho. Então esse auxílio é essencial, um incentivo a mais para continuar treinando forte e representar Goiás”.

Sonho olímpico
Gustavo começou a treinar com 11 anos. Ao longo de quatro anos de dedicação total ao esporte, já acumulou diversas conquistas. A maior delas é, sem dúvidas, entrar para a seleção brasileira de base. De acordo com ele, estar entre os melhores atletas brasileiros da sua faixa etária gera motivação extra. Já dá até para pensar no sonho olímpico.

“Minha meta é chegar nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Querendo ou não, ainda é meio prematuro para pensar nisso, mas tenho me empenhado ao máximo para conseguir chegar”, disse Gustavo, ao compartilhar o seu plano B. “Se não der nessa edição, quero ir para as Olimpíadas de 2024”, comentou, motivado.

O sonho do jovem atleta é compartilhado com o seu pai, Otávio Ferreira. Foi dele, inclusive, o primeiro empurrão que Gustavo teve para começar a praticar judô. “A gente confia muito nele. É um menino centrado, nunca perde seu foco”, comentou, orgulhoso.

Para conquistar uma vaga na seleção principal, que disputa os Jogos Olímpicos, primeiro Gustavo precisa ter 18 anos. Depois, vem o critério de desempenho, baseado nas conquistas que os judocas acumulam em suas carreiras profissionais. “Acho que não tem, na história do Brasil, ninguém que conseguiu entrar na seleção principal com 18 anos. E ele está tentando”, disse.

De acordo com o pai, Gustavo terá um 2018 decisivo em se tratando de sonho olímpico. Para alcançar uma boa posição no ranking, com chances de ser convocado, o jovem goiano precisa ser campeão brasileiro sub-18, campeão sub-21 e ganhar o pódio na categoria sênior. “Sei que é possível”, pontuou Otávio.

Antes disso, Gustavo prefere focar nas competições mais próximas. Depois de voltar da Índia, onde disputará o Combat Games, o judoca ainda tem pela frente os Jogos Estudantis, o Troféu Brasil, o Campeonato Brasileiro Final Sênior, a seletiva nacional e os campeonatos regionais.​

Anderson Alcantara

Jornalista e Escritor

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