A UNIÃO QUE FAZ A FORÇA
18 de outubro de 2019

Movimento em Defesa do Desenvolvimento discute soluções para a economia goiana durante seminário em Goianésia

Pautas como o corte e a “criminalização” dos incentivos fiscais, o investimento em pesquisa e tecnologia e a união de poder público, setor produtivo e academia na busca de crescimento econômico de Goiás foram debatidos na noite de quinta-feira (17), em Goianésia, no Vale do São Patrício, durante o terceiro seminário do Movimento em Defesa do Desenvolvimento e dos Empregos.

O evento, que aconteceu no auditório da Faculdade Evangélica de Goianésia (Faceg), reuniu mais de 200 pessoas, entre autoridades políticas, lideranças empresariais e representantes de mais de 30 entidades dos setores empresarial, de trabalhadores, cultural, universidades e segmentos da sociedade civil para formular propostas para o crescimento econômico e social do Estado.

INCENTIVOS FISCAIS

“O empresário goiano, que gera empregos, está sendo tratado como bandido em Goiás”, denunciou Reginaldo José de Faria, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Anápolis (Sindimetana). Faria se refere à cruzada encampada pelo Governo e pela Assembleia Legislativa contra os incentivos fiscais, mecanismo que ajuda as empresas a aumentarem a produção, gerarem mais empregos e serem competitivas nos mercados nacional e internacional.

O deputado federal Francisco Júnior (PSD), representante de Goianésia na Câmara dos Deputados, considera injusto o Governo dizer que o Estado deixa de ganhar com os incentivos. “Estão fazendo a conta errada. Estão confundindo investimento com gastos. A discussão tem que ser em cima de resultados. E a verdade é que Goiás deu um salto grande nos últimos anos, motivado pelos incentivos fiscais”, afirmou.

Maior liderança empresarial da região, o presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial), Otávio Lage de Siqueira Filho citou como exemplo Rio Verde e Anápolis, que tiveram a realidade econômica transformada a partir de incentivos fiscais. O empresário fez questão de afirmar que o movimento não é contra ninguém, é a favor de Goiás. “A gente quer ver o Estado crescendo, dando condições de emprego a essas pessoas”.

UNIÃO DOS SETORES PARA BUSCAR O DESENVOLVIMENTO

“Temos que salvar o nosso estado e isso só vai acontecer com essa mobilização dos empresários, dos empreendedores, dos sindicatos. Unir todos os segmentos e ‘fechar’ a capital. Mostrar que é melhor ter um trabalhador que um pedinte. E para ter trabalhos é preciso que o Estado continue se desenvolvendo”, destacou o presidente da Câmara de Goianésia, vereador Múcio Santana.

Representante de Goianésia na Assembleia Legislativa, o deputado Helio de Sousa (PSDB) enalteceu a iniciativa de se buscar soluções em conjunto. “Parabenizo os empresários de Goiás, com a certeza que esse é o caminho que temos que seguir e que temos que buscar. E a Assembléia Legislativa não deixará de cumprir o seu papel e vai permitir que o Estado de Goiás saia dessa fase intermediária, que é um estado que está semi-industrializado para ser um estado que tenha condições de industrializar toda sua matéria prima”, afirmou.

“Estamos vivendo algo inédito em Goiás: pela primeira vez patrões e trabalhadores deram as mãos por um só objetivo, que é produzir mais e termos um emprego para sustentar a nossa família”, salientou Reginaldo José de Farias, líder metalúrgico em Anápolis.

“Estamos deixando a marca do diálogo”, sintetizou Otávio Lage, após narrar os desafios que a Adial e os empresários estão enfrentando em Goiás.