Cidades

Ex-vice-prefeito, Robson Tavares cobra mais ações e transparência da prefeitura de Goianésia na pandemia de coronavírus

O ex-vice-prefeito de Goianésia, Robson Tavares – que é médico e atuou como secretário de Saúde na gestão Jalles Fontoura – criticou, em entrevista ao Portal Goiás Total, a estrutura física disponibilizada pela prefeitura para a triagem de pessoas suspeitas de Covid-19. Foi montada uma tenda simples, com uma mesa com cadeira, ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

“A tenda é realmente uma vergonha. Aquela estrutura não traz dignidade nem para o paciente nem para o profissional de saúde. Não possui nenhuma condição de atendimento de qualidade, tiragem. Por exemplo, se tiver mais de um paciente como seria realização a acomodação dos mesmos?”, questiona Tavares.

Ele cita que há estruturas físicas com total condição de acolher de forma mais digna os possíveis pacientes. “Tem o Credeq e a Policlínica que poderiam ser usados. Goianésia protagonizando a Covid-19 deveria ter uma estrutura de referência”, sugere.

TRANSPARÊNCIA

“Acredito que o Poder Executivo está totalmente perdido em suas ações bem como nos pronunciamentos. Há alguns dias o chefe de gabinete do prefeito (Thalles Moura), em um áudio disseminado por meio de mídia digital, foi claro em afirmar e apontar duas instituições de Goianésia como disseminadores de transmissão comunitária. O secretário de saúde em outro momento foi categórico em afirmar o contrário”, relata Robson Tavares.

O ex-vice-prefeito destaca ainda que faltam informações sobre os casos existentes. “O padrão epidemiológico destes casos e uma incógnita, não existe esclarecimentos como, por exemplo, idade dos infectados, existência ou não de doenças de base, exposição pregressa destes pacientes e quais ações estão sendo tomadas para com os mesmos”, cobra. “É claro que deveria ter mais clareza nestas divulgações, até mesmo para os ciclo de convivência destes que testaram positivos procurarem antecipadamente os órgãos competentes. Com intuito primordial de evitar a infecção comunitária, uma vez que está afirmado que ainda não existe”.

Sobre as ações realizadas até agora, Robson considera insuficientes. “Além do comitê de crise, existe outra ação? Acredito de fato que devem ser exposta à comunidade estas ações, afim se evitar o pânico. Tenho convicção que realmente poderia estar sendo feito mais neste momento”, conclui.

Com 13 casos confirmados e 30 pessoas com suspeitas de coronavírus, Goianésia é a terceira cidade com mais registros da doença em números gerais e a primeira em números proporcionais.

Anderson Alcantara

Jornalista e Escritor

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